O artesanato em tecido, uma extensão natural de trabalho das costureiras, é muito antigo: as primeiras composições com retalhos de que se tem conhecimento foram feitas na ásia em 500 a.C.
Nos anos que antecederam a Revolução Industrial, os tecidos chegavam a Europa vindos do Oriente Médio. O alto custo das longas viagens tornavam-nos raros e caros. Cada pedacinho de sobra de pano devia ser aproveitado, nada se perdia. A partir de século XVIII, com a propagação de fábricas têxteis, apesar da abundância de tecidos, as colchas de retalhos se tornaram bastante populares. Nos Estados Unidos, durante século XVIII, era costume que as moças fizessem 11 colchas de retalho ao longo de sua vida e a 12ª quando se marcasse a data de seu casamento – todas elas fariam parte de enxoval da noiva. Atualmente, os retalhos de tecidos são utilizados para fabricar desde estopas, para limpeza de navios, até bonitas composições de tecidos.
Carmen Maria Teixeira de Paula, já na sua infância em Vitoriano Veloso (Bichinho), distrito de Prados–MG, aproveitava no retalho dos tecidos que sobravam das costuras da irmã mais velha para fazer pequenas peças de uso familiar. Ela não imaginária que, décadas depois, essa atividade seria sustento de sua família, quando marido adoeceu. Desde que começou esse oficio, costuma trabalhar de domingo a domingo.

